Aguardente tipicamente maranhense do tupi Tikira, tem origem entre os índios brasileiros, e é feita a partir da mandioca. A aguardente acaba de ganhar uma versão premium: a Tiquira Guaaja. Produzida pela empresa Tiquira Brasil, da empresária Margot Stinglwagner, com o apoio do empresário Alberto José, a bebida usa matéria prima fornecida por pequenos agricultores de mandioca da região de Santo Amaro do Maranhão, município sede da fábrica. O lançamento da nova bebida será realizado nesta terça-feira, 11, às 19h, no restaurante Caves Gourmet, em São Luís.
A Tiquira Guaaja é feita a partir da mandioca brava, em um processo um pouco diferente do da cana de açúcar, uma vez que a raiz não tem açúcar natural. Primeiramente, a produção começa com a limpeza e retirada da toxicidade, como todos sabemos a mandioca é extremamente tóxica. Através de processos enzimáticos, o amido é transformado em açúcar para em seguida ser fermentada até, finalmente, ser destilada em alambique de cobre, e produzir a tão aprecisada aguardente.
A nova versão da bebida
A bebida recebeu o nome de Tiquira Guaaja, inspirada na tribo indígena Guajajara, uma referência a origem do produto. No rótulo, assinado pelo artista plástico Carlos Artêncio, a tiquira faz uma homenagem ao Maranhão, com a pintura de aves guarás, típicas do estado
A História da Tikira
Muito antes da chegada dos portugueses em solo brasileiro, os índios maranhenses já produziam uma bebida a partir da mandioca fermentada chamada Cauim. Com a chegada dos alambiques trazidos pelos colonizadores o fermentado da mandioca foi destilado dando origem a Tikira, do tupi “líquido que goteja”.
Curiosidades
A aguardente "Tikira" é um destilado que possui nada mais nada menos que 40% de graduação alcoólica. Segundo empresária Margot Stinglwagner (Tiquira Brasil), diz que “Nem a cachaça é tão brasileira como a tiquira, pois a cana de açúcar não é originária daqui e a mandioca, sim”.