A cirurgia plástica para aumentar a mama por meio de prótese de silicone é um desejo de muitas mulheres. Seja para aumentar ou só deixar mais rígido, esse tipo de procedimento é um sonho. Mas, a mulherada põe o pé no freio quando o assunto é câncer de mama, já que há anos a colocação das próteses chegou a ser relacionada a esse tipo de doença.
No mês do Outubro Rosa, especialista afirma, porém, que a relação não passa de um mito. Não existe a possibilidade e uma prótese de silicone causar o aparecimento de tumores. Segundo a cirurgiã plástica Gabriela Valadão, antes mesmo de se chegar na cirurgia plástica, os procedimentos adotados já contribuem para que um diagnóstico seja feito em caso de existência de nódulos na mama.
“Antes de fazer a cirurgia, a paciente passa por exames de imagens como ultrassom e também mamografia, de acordo com a idade. Se for antes dos 40 anos, pedimos ultrassom e, depois disso, pedimos tanto a ultrassom quanto a mamografia. Se houver algum nódulo, vamos saber antes do procedimento para colocar a prótese”, explicou Gabriela Valadão.
E o diagnóstico de um tumor após a colocação de prótese de silicone? Haverá problema para a paciente que já fez esse tipo de procedimento cirúrgico? A resposta é Não. Na verdade, pelo que explicou a cirurgiã, a prótese de silicone também não atrapalha nem no diagnóstico por imagem nem por meio do autoexame.
Isso porque a prótese é colocada atrás da glândula mamária ou na área conhecida como subfacial ou ainda por detrás do músculo, procedimento conhecido como submuscular. “Dessa forma, não há como ter problemas para que seja diagnosticado algum tipo de nódulo. Nem nos exames de imagem e nem no autoexame porque a prótese nunca fica na frente da glândula mamaria”, disse a especialista.
Apesar de ser sempre relacionada com uma questão estética, a prótese de silicone é usada – de forma mais usual atualmente – em caso de mastectomia (retirada do seio). Até pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é possível reconstruir a mama após ser retirada.