Neste sabado estará em São Luís A historiadora Mary Del Priore para uma tarde/noite de autógrafos de seus dois livros na Livraria Leitura no São Luís Shopping.O primeiro livro será às 15h com o lançamento do romance “Beije-me onde o sol não alcança”, que marca a estreia da escritora neste gênero literário. O segundo livro é o primeiro volume da série “Histórias da gente brasileira: Colônia”, que será lançado às 19h, após um debate com o presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão Euges Lima.
A escritora narrou em seu romance um triângulo amoroso ambientado no Brasil oitocentista, um caso verídico e em documentos da epóca uma reconstrução dos cenários assim como era as cidades e ambientes que se viveu a história. Os documentos citados como uso na história chegaram as mãos da escritora pelo escritor Affonso Romano de Sant´Anna que esperava uma minissérie para a TV. Del Priore convence a Mary Del Priore a doar o acervo para o Instituto Histórico e Geográfico da Bahia. O romance histórico esta entre um conde russo , a neta do barão de Piauí e uma escrava, basea-se a história em trocas de correspondência autêntica que se encontra no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, esse romance é passado nos anos de 1860 e 1890, na epóca das transformações da nação com a Abolição e a República preoculpando-se muito com os detalhes.
O outro lançamento da noite será o primeiro volume da série “Histórias da gente brasileira” a escritora narra o cotidiano, mostrando uma história diferente do Brasil.
No “Volume 1: Colônia”, a autora lança luz sobre o universo das pessoas comuns e coisas pequenas que formaram um caráter nacional ainda hoje presente nas vidas e formas de pensar.
NA apresentação MAry relata um pouco da sua obra, diz que quer mostrar o cotidiano das pessoas mostrando os sons das ruas ,das casas, dos instrumentos de trabalho e festas.Para vermos melhor a diferença temos que olhar para trás para vermos como eramos, como moravamos,vestia,comia,ria, namorava e sonhava.A escritora diz também que vem tendo um grande esforço para trazer o prazer para as pessoas em ler histórias,tanto quanto ler ficções porque permite ao leitor se aproximar do passado verídico, tudo isso é mais envolvente ao ler do que entender conceitos.Mary Del Priore faz uma tetralogia que vai da Colônia aos dias de hoje, o terceiro volume é todo dedicado à República Velha, baseado nas Memórias de grandes escritores brasileiros sobre o período.
No quarto Volume , terá somente entrevistas com personagens variados como artistas, esportistas, intelectuais, e pessoas da mais variada origem, contarão com suas proprias palavras como viveram entre os anos 1950 e 2000, o que mudou ou não em nossa sociedade MAry diz que o que mais à impressiona é quando usou a documentação histórica para ouvir os atores anônimos do passado é a sinergia entre as diferenças dos grupos e culturas, essa sinergia que permitiu as pessoas sobreviverem, criarem e adaptar-se a uma terra onde criamos oque é chamado de "cultura brasileira", onde influência na comida,na relação com o campo e plantio, na arquitetura e muito mais. A sinergia onde sobretudo fez com que os escravos e ex-escravos graças as suas experiências e saberes compraram sua liberdade e a dos seus, onde foram grandes artistas, músicos,comerciantes e por ai vai, dando como exemplo o sucesso de Antônio Ferreira Cesariano, intelectual negro, fundou o colégio frequentado pelas filhas da elite branca e assim mostrado no jornal Diário de Campinas em 1889.
Mary foi professora de História na USP e na PUC-Rio, já escreveu mais de 45 livros publicados, com premiações literárias nacionais e internacionais, foi colunista do jornal O Estado de S. Paulo por 10 anos e é sócia titular do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão e do IHGRJ, Academia Portuguesa de História, Real Academia de la Historia de España, PEN Club do Brasil, Academia Carioca de Letras. Atualmente leciona no curso de pós-graduação da Universidade Salgado de Oliveira. Estará em São Luis fazendo uma troca de idéias com os leitores, irá ouvir e conhecer os ludovicences e verá para quem estará escrevendo. Afinal, como sabem os estudiosos da questão, a boa leitura é um triângulo que se estabelece entre autor, obra e leitor.