O livro trata e reúne crônicas escritas por Raposo Moreira entre janeiro de 2003 e dezembro de 2008 de publicações feita em O Estado, jornal do qual é colaborador desde 2000. Este é o segundo livro de crônicas do autor, que publicou “Pedaços da Eternidade”, em 2002, também com textos de O Estado. Para selecionar o material que compõe o novo livro, Lino Moreira contou com a ajuda do primo e amigo Luiz Alfredo Nunes Raposo, que mora em Recife (PE).
“Assim como eu, ele é economista e também muito próximo à literatura. Dei a ele a tarefa de fazer este crivo que para mim seria uma tarefa muito difícil” comentou.
Nas mais de 300 páginas, o autor fala sobre temas variados como política nacional, literatura, música e cotidiano. As 75 crônicas que integram a obra foram divididas por ordem cronológica. “Estão no livro aquelas que têm caráter mais abrangentes, que embora de caráter momentâneo, podem servir para as futuras gerações”, explica o autor.
A obra tem apresentação assinada por Luiz Alfredo Nunes Raposo. “Como reza o figurino, nosso autor fala quase sempre de um assunto da hora, sacado das manchetes de jornais (...). Mas o leitor de hoje constatará que Lino não é o cronista de sua cidade strictu sensu. (...) Lino é um cidadão do mundo plantado à beira-mar de São Luís. Mas, ao mesmo tempo, uma voz do mundo-Maranhão”, escreveu Luiz Alfredo Nunes Raposo.
Revisão
“A Casa e outras crônicas e memórias” passou por revisão e algumas crônicas tiveram seus títulos originais alterados. É o caso de “Outra Casa, outra vida”, que passou a se chamar “A casa”; e “Coque, coque” rebatizada de “Choque Ideológico”.
Sobre a crônica que dá nome ao livro, ele afirma tratar-se de uma memória que registra a casa na qual ele nasceu e passou a infância e juventude, situada no Monte Castelo. Ainda sobre o Monte Castelo, o escritor lerá, no lançamento, a crônica “Rei morto”, sobre uma figura que andava pelas ruas do bairro e que povoou sua imaginação de menino. Também lerá “Honesto desconhecido”, sobre um político de Rondônia que foi o único a não se envolver em um determinado escândalo do estado, mas que sequer teve seu nome divulgado na época.
O livro tem capa de Edgar Rocha, projeto gráfico e editoração do próprio autor e revisão dele e de Alberico Carneiro.
O economista, que já ocupou cargos no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ministério do Planejamento, foi secretário Executivo do Programa Grande Carajás, secretário de Meio Ambiente no Maranhão e ocupou a Subgerência de Desenvolvimento Econômico do Maranhão. Aposentado, Raposo Moreira prepara um novo livro para o ano que vem.