O Instituto de Genética do Maranhão (IGF) entra em um marco importante onde, após ter sido inaugurado em São Luís, já conta com parceria com outros estados, inclusive ajudando estados como o Piauí, que ainda não conta com um Instituto de Genética Forense.
Os Peritos Criminais de Teresina, DRª Rosimere Xavier Amaral e Fausto Furtunato, estarão em São Luís por duas semanas com o intuito de resolverem os casos de relevância para o Estado do Piauí. Os peritos trouxeram oito casos criminais, correspondentes a seis casos de identificação humana e dois casos de feminicídio, que resultaram em 24 exames de DNA.
As amostras visam a identificação de autores de crimes e a identificação humana por meio de vínculo de parentesco. Os peritos advindos de Teresina se mostraram impressionados com a qualidade do laboratório disponibilizado pelo IGF de são Luís.
A perita Rosimere Amaral destacou que antigamente os casos do Piauí precisavam ser levados para estados mais distantes mas que, a partir da parceria com o Maranhão, os casos podem ser solucionados mais rapidamente.
Liderança no ranking nacional de perfis genéticos
A Perita Criminal e Diretora do IGF Christhiane Cutrim informou que o IGF está de portas abertas aos outros estados e que já foram realizadas diversas parcerias com outros estados. De acordo com a diretora, o Maranhão já colaborou com os estados de Roraima, Tocantins e São Paulo.
“Tivemos casos de grande importância e repercussão, onde o IGF colaborou com a investigação, inclusive por meio da identificação da autoria de crimes. Desde a inauguração do IGF, em 2016 até junho de 2018, já foram realizados 2.902 exames e 1.041 laudos emitidos”, destacou a diretora.
Ainda segundo Christhiane Cutrim, com a consolidação da genética forense no Maranhão, foi possível dar maior celeridade aos exames de DNA, já que antes os casos eram resolvidos em parceria com outros estados.
“Atualmente, estamos liderando o ranking nacional de perfis genéticos de condenados inseridos no Codis, que é um sistema informatizado que armazena e gerencia os perfis genéticos dos criminosos. São quase 900 amostras inseridas no Banco Nacional de Perfis Genéticos. É um trabalho que vem sendo desenvolvido desde 2015, em parceria com a SEAP, que culminou em um plano piloto para a coleta compulsória de material de referência dos condenados, conforme preconiza a Lei 12.654/2012. Este plano piloto serviu como modelo de divulgação pela SENASP às outras unidades federativas brasileiras.”, explicou a diretora do IGF.