O maranhense Francisco José Neves da Silva, será árbitro de atletismo nas Olimpíadas Rio 2016 . Francisco José Neves da Silva levará o nome do Maranhão para o mundo. Aos 52 anos, é sargento da Polícia Militar do Maranhão, lotado na Companhia Independente de Turismo (CPTUR). No Rio 2016, este ex-atleta será árbitro assistente nas provas de atletismo.
Segundo um comentário, José conta que passa-lhe um filme de orgulho em sua mente. Pois veio de uma família pobre, mas nem por isso foi para o lado da marginalidade, mesmo com toda a dificuldade, e com alimentação precária da época, ainda assim conseguiu vencer as barreiras da vida. A sua conduta é excepcional tanto particular quanto profissional.
José Neves foi criado no bairro da Jordoa pela mãe, que sustentava ele e outros oito irmãos, ele ainda se recorda da época em que começou a praticar atletismo, esporte que rendeu a ele títulos nacionais na prova de marcha atlética e uma razão para não entrar no mundo da marginalidade. Segundo José, naquela época não tinha tanta ajuda como existe hoje em dia. Pois hoje, os atletas têm ajuda de bolsa-atleta, bolsa-escola entre outros programas de incentivo, e em seu tempo, lembra, que não havia nada disso, ainda comenta que o esporte ajuda muito, e perdeu muitos colegas que foram para o lado da marginalidade .
As dificuldades na infância serviram para que o sargento conseguisse vencer na vida por meio da superação. Hoje, é casado, tem quatro filhos e três netos. Divide com eles suas vitórias e repassa seus valores mais importantes para quem quer ser atleta, e principalmente, um verdadeiro cidadão.
A partir daquela oportunidade de se tornar um atleta, lembra José, que as portas começaram a se abrir no cenário do atletismo. E logo, logo, Tornou-se árbitro da modalidade e em seguida ingressou na Polícia Militar. Agora, este maranhense prepara-se para sua primeira competição internacional, justamente em uma olimpíada e no Brasil. Mesmo com a dificuldade de ter conseguido a oportunidade de atuar em uma edição dos Jogos Olímpicos, o que vier a partir de agora é lucro. Tanto que José Neves já tem até um novo sonho: trabalhar na final dos 100 metros rasos, prova mais especial do atletismo.
José Neves: “A visão do árbitro é de que quanto mais dificuldade melhor para ele desempenhar seu serviço e mostrar seu lado bom. É possível sim imaginar eu estar dando uma partida ou como auxiliar de partida numa prova dessas. Seria como ganhar uma medalha de ouro em uma Olimpíada”.