Alunos do Centro de Ensino Bem Ony Gomes, escola da Rede Estadual de Ensino, localizada no município de Arame, formaram a equipe Craft – Construtores de Robôs Aramenses Fazendo Tecnologia – e ficaram entre as 15 primeiras em uma competição entre robôs na 12ª edição do Winter Challenge, um dos maiores eventos mundiais de robótica, realizado, no último fim de semana dias (09) e (10), em São Paulo. O grupo maranhense concorreu com o robô Kepler, 186f com 36 inscritos na categoria Hobbyweight 5.4 kg. A equipe Craft, é única participante do Nordeste composta por estudantes da educação básica foi, também, a única com alunos da rede pública estadual do Maranhão.
A competição reuniu equipes de todo o Brasil e também da América Latina, a maioria formada por estudantes de engenharias, mestres e doutores da área. Os estudantes e professores viajaram, na quarta-feira (6), para São Caetano do Sul (SP) e participaram do encontro realizado no Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), de sexta (8) a domingo (10).
A Equipe
A equipe foi composta pelos estudantes Lismael Silva Sousa, 16 anos; Wesley Santos de Sousa, 15 anos; e Rodrigo de Oliveira Santos, 16 anos que foram acompanhados por dois docentes. Plínio Nascimento, que é professor de Física da escola Bem Ony Gomes, lembra quando os jovens participantes chegaram empolgados para ele e falaram da intenção de construírem um robô, ainda no primeiro ano do Ensino Médio.
Robô
O robô Kepler é um robô de combate da classe Hobbyweight 5.4Kg, que tem como objetivo suportar uma luta com 3 minutos de duração contra um oponente do mesmo peso, na maioria das vezes, com uma arma ativa.
A iniciativa nasceu da curiosidade do estudante Lismael Silva Sousa em robótica, quando ele ainda era estudante do ensino fundamental. Como sozinho não conseguiria arcar com os custos do projeto, juntou-se com os estudantes Wesley Santos de Sousa (2° ano) e Rodrigo de Oliveira Santos (3° ano) e então fundaram a equipe Craft. Tendo ainda que se dedicarem a estudar disciplinas de nível superior para poderem ter conhecimento na área. Os estudantes ainda tiveram que comprar os materiais pela internet para construir o robô, pois algumas peças são difíceis de encontrar no Maranhão. Segundo os próprios alunos que foram a Craft garantem que continuarão estudando para desenvolver outro robô ainda melhor e participar da próxima competição.
Curiosidade sobre os Robôs de Combate
Robôs de combate, também conhecidos como robôs de guerra, são especialmente desenvolvidos para lutar com outros robôs, testando a resistência, durabilidade e criatividade de seus inventores. A guerra de robôs já é realizada nos Estados Unidos e Grã ¬Bretanha há muitos anos e chegou ao Brasil em 2002.
As máquinas são compostas por rodas ou pernas, motores de acionamento para locomoção e armas, baterias, transmissão mecânica, circuitos de controle dos motores, circuitos receptores, sensores (no caso de robôs autônomos ou semi¬autônomos), e a parte mecânica, composta de chassis, blindagem e armas, sendo também usados pistões pneumáticos e hidráulicos, dependendo do projeto, tudo isso para poder montar um bom robô de combate.
As regras e robôs são divididos em categorias de peso máximo:
Antweight (1 Lb ou 453g)
Beetleweight (3 Lbs ou 1,36Kg)
Hobbyweight (12 Lbs ou 5,44Kg)
Featherweight (30 Lbs ou 13,6Kg)
Lightweight (60 Lbs ou 27,21 Kg)
Middleweight (120 Lbs ou 54,4 Kg)
Heavyweight (220 Lbs ou 99,79 Kg)
Super Heavyweight (340 Lbs ou 154,22 Kg).