Um jovem maranhense de apenas 16 anos é uma das grandes esperanças do Brasil no XXV Campeonato Pan-americano Júnior de badminton que acontecerá no próximo fim de semana, em Lima, no Peru. Nome dele? Felipe Mendes Ribeiro que embarca hoje para disputar sua primeira competição internacional fora do país. Morador de Niterói, no Rio de Janeiro, desde os sete anos junto com seus pais.
O primeiro contato do Jovem com o badminton começou após uma tragédia em Niterói: o deslizamento do Morro do Bumba, em abril de 2010, quando surgiu o projeto social É o Bad, destinado aos jovens da comunidade do Cubango. Nascia ali então o primeiro contato daquela garotada com o badminton. As aulas do professor Gabriel Alcântara aconteciam nas ruas e ninguém poderia imaginar que dali surgiria um grande talento. Felipe chegou em 2011, com dez anos. Ele era goleiro na equipe júnior do Vasco da Gama e para chegar ao treino, em São Januário, tinha de pegar dois ônibus e o metrô. O sacrifício fez o garoto mudar de esporte. A partir daí no momento em que o jovem teve que largar o futebol, ele passou a se dedicar apenas para o badminton começando se destacar cada vez mais nas quadras. Quando jogava, começou em torneios menores, disputando em pequenas escolas, logo depois já estava disputando em campeonatos estaduais. Quando foi em novembro de 2012 conquistou sua primeira medalha de ouro oficial, no Campeonato Brasileiro Sub-13 em simples e em duplas.
No torneio de simples, superou, nas quartas de final, o então campeão pan-americano Wesley Dantas por 21/19 no terceiro set. Segundo o Atleta: “Foi um jogo histórico. Sempre fui muito tímido, e de repente, estava vibrando com cada ponto. Ninguém me conhecia. Quem é esse moleque”, lembra o adolescente de 16 anos. Felipe tem no currículo também o título brasileiro Sub-15 e pela seleção brasileira conquistou a medalha de bronze no Sul-Americano, em 2014. No ano passado, ficou com a prata no Brasileiro Sub-17.
Felipe, que conta com o apoio do Instituto Trevo, sabe a importância de tornar-se referência. Devido a isso, auxilia o seu professor dando aulas para crianças entre sete e oito anos em uma escola de Niterói. “Ganhei mais responsabilidade a partir do momento em que recebi o apoio do Instituto Trevo. O Guga é a minha maior referência. Ele foi um grande atleta, mas também é grande como pessoa. Pequenos detalhes fazem a diferença”.
Jovem maranhense busca uma medalha no Pan-Americano de Badminton, no Peru
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