Juçara é a fruta da vez, presente nas dietas, nas academias e nas praças de alimentação dos shoppings centers, em outros lugares recebe o nome de açaí, ela é muito apreciada no Maranhão. Em 2007, um grupo de pesquisadores da universidade Federal do Maranhão(UFMA) junto com a professora Maria do Desterro Nascimento, doutora em medicina, acreditaram que o pequeno caroço preto que tem na polpa da fruta poderia ser mais que um alimento, teria a capacidade de salvar vidas e curar tumores.
O estudo foi reconhecido como uma iniciativa no combate ao cancêr de próstata, e recebeu até o prêmio Dr.Hélio Mendes de incentivo à Pesquisa em Oncologia. A pesquisa foi iniciada a partir da tese de doutorado da professora Dulcelena Ferreira da Silva, do Departamento de Morfologia da UFMA,de acordo com Marcos Antônio Custódio membro do grupo e bolsista de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. A doutora avaliou a potência do efeito citotóxico da juçara, que tem seu nome científico Euterpe oleracea Mart, nas células de câncer e mama e de câncer de colo-retal, o grupo apartir daí ampliou a pesquisa para o câncer de próstata, descobrindo que os extratos tirados da fruta tem um enorme potencial para matar as células do câncer, o seguinte objetivo após a descoberta é descobrir qual parte do fruto tem o maior potencial citotóxico, já que eles aproveitam todo o material colhido para a pesquisa.
Uma patente já foi registrada com todos os detalhes do trabalho e estudo, conta que o objetivo dos pesquisadores não é substituir as terapias que já existem mas que seja um tratamento complementar às modalidades ja estabelecidas, como quimioterapia e radioterapia.
A professora Maria do Desterro afirma que a pesquisa começou com um pensamento:
"Encontrar um fruto já conhecido em comunidades locais para estimular tanto o lado econômico quanto o social da cidade".
Eles viram que o fruto escolhido era a juçara, ela é rica em flavonóides, que são os compostos existentes nos frutos vermelhos e a população já utiliza a juçara há muitos anos, ela é bem recebida e até festejada.
Mesmo com tanto tempo de pesquisa ainda está no começo, pois essa é só a primeira fase do projeto, mais que já teve artigos publicados em revistas de medicina de todo o mundo e está sendo bastante aceito pelos especialistas em oncologia.