Até o dia 22 deste mês (até às 18h), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) está recebendo solicitações de esclarecimentos ao edital 03/2018, que trata da licitação para arrendamento de área no Porto do Itaqui (IQI18) destinada à movimentação de carga geral de origem florestal (papel e celulose).
O leilão está marcado para o dia 27 de julho, na sede da B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão, em São Paulo. O total de investimentos previstos para o terminal ao longo dos 25 anos do contrato é de R$ 214,873 milhões. O contrato poderá ser prorrogado até 70 anos.
De acordo com o edital, o berço de atracação 99, a ser construído por este arrendamento, será público, não fazendo parte dos limites da área a ser licitada. O acesso ao terminal poderá ser feito por rodovia e ferrovia. O acesso para caminhões se dará pela extremidade sudoeste do terminal.
Segundo a Antaq, o terminal proposto foi projetado para receber fardos de celulose majoritariamente pelo modal ferroviário. Para evitar o impacto no tráfego sobre as principais linhas do porto será necessário implantar pelo menos três novos ramais de linha ferroviária (outros ramais a critério do futuro arrendatário).
O terminal fará parte da cadeia logística da fábrica de celulose da Suzano em Imperatriz/ MA, consolidando uma alternativa de exportação do produto. A fábrica também terá uma capacidade dinâmica de cerca de 1,5 milhão de toneladas/ ano. Atualmente essa unidade já exporta sua produção de celulose pelo Porto de Itaqui, porém por meio de instalações portuárias provisórias.
A ligação ferroviária do terminal com os ramais existentes no porto deverá ser realizada pelo ramal proveniente do Pátio ESSO, que segue até a retroárea do berço 103. A capacidade dinâmica estimada para o sistema de descarga ferroviária é de 1,5 milhão de toneladas/ ano.
Prevê-se a construção de um novo armazém de aproximadamente 24.000 m², equipado com sistema de movimentação de cargas composto por três guindastes tipo pórtico e 12 empilhadeiras. A descarga dos vagões será realizada com os pórticos, seguida pelo transporte dos fardos com auxílio das empilhadeiras.
Para o diretor geral da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), Mário Povia, o terminal de papel e celulose no Porto do Itaqui, que objetiva o escoamento da produção gerada no município de Imperatriz (MA), é a melhor solução logística para o escoamento da produção, proporcionando maior competitividade para as exportações brasileiras.
“A cadeia produtiva de papel e celulose possui relevante dimensão social na geração de empregos e arrecadação de impostos no estado do Maranhão”, complementou Mário Povia.