Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a Galeria Maggiorasca abre as portas hoje às 19h, para a exposição “Latejantes”, assinada pela artista plástica maranhense Rejane Medeiros Alves, e que reúne 10 obras produzidas especialmente para a ocasião. Os quadros são repletos de simbolismos agregados a cores quentes, com predominância de vermelho. A mostra ficará em cartaz até o dia 26 deste mês. O horário de visitação é das 16h às 23h. Com entrada Franca.
O trabalho de Rejane Medeiros Alves destaca o feminino e as formas da natureza. Ela faz uso, principalmente, de acrílico sobre tela com utilização de espatulado. Em algumas das obras é possível detectar a presença de colagens, grafismos e volume. “Para exposição, preparei paineis impactantes que corroboram com a temática. A palavra latejante suscita de imediato a ideia de pulsação que, por sua vez, remete a sangue e vida. Algo muito presente no cotidiano das mulheres”, explica.
Rejane Medeiros apresenta em seu repertório influências de três grandes artistas: o surrealista Salvador Dali, o modernista neerlandês Piet Mondrian e a revolucionária Frida Khalo, pintora mexicana conhecida por transformar suas tragédias pessoais em arte. Dos três, a maranhense absorveu o livre modo de se expressar. “São as emoções, desses artistas, e a utilização das cores que me instigam. Busco, a partir de experiências artísticas, encontrar o meu próprio estilo”, pontuou.
Arquiteta de formação, Rejane é autodidata em artes plásticas, mas começou a se relacionar com conceitos estéticos, desenho e pintura desde a infância. “Não tenho nenhuma ascendência de artistas na família, mas sempre gostei muito de observar ao meu redor e tentar representar tanto de forma imagética quanto em escrita”, diz a artista que passou a pintar por encomenda aos 24 anos de idade.
Por influência do pai, ela acabou enveredando pelo lado mais prático da vida, optando por cursar a faculdade de Administração em Teresina. Após conhecer pessoalmente um arquiteto e saber mais sobre a profissão, prestou vestibular para a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), ingressando em 2000 no curso de Arquitetura. “Eu me encontrei quando comecei o curso, desde o início tinha muita facilidade para estudos de proporção e cores”, ressaltou.
Após 11 anos atuando em sua área de formação, Rejane Medeiros Alves pôde, agora, se dedicar a aquilo que sempre lhe deu prazer: a pintura. “Costumo dizer que eu não escolhi as artes plásticas, alguma força maior me escolheu”, finalizou.