Unir duas das mais modernas técnicas de implante capilar e permitir que mais de um tipo de operação seja feita em uma única vez em casos avançados de calvície. Esse foi o método que o cirurgião plástico Márcio Crisóstomo, referência mundial na técnica combinada para calvícies avançadas, defendeu e desenvolveu para o problema.
Discípulo do professor Ivo Pitanguy e um dos únicos profissionais brasileiros a possuir o título de especialista em transplante capilar nos Estados Unidos, pela American Board of Hair Restoration Surgery, com mestrado em cirurgia de Transplante Capilar, Crisóstomo explica que o procedimento criado por ele une o FUE – sem remoção de pele na retirada e implante dos fios -, à técnica mais tradicional de transplante (Técnica Clássica ou Strip) - quando é retirada uma faixa do couro cabeludo para obtenção dos fios de cabelo para implante.
“A Técnica Combinada permite o implante do maior número de fios, em uma única cirurgia. Em alguns casos, podemos transplantar até mais de 20 mil fios e atender problemas severos de calvície. Na minha opinião, a Técnica Combinada é a melhor alternativa para calvície avançada e casos de correções de cirurgias prévias”, afirma o especialista, que, a partir da próxima semana, passará a atender em São Luís, devido à alta procura por transplante capilar no estado. O médico, que é de Fortaleza, fará atendimentos periódicos na capital maranhense.
Combinação das técnicas
Na técnica FUE (sigla do termo em inglês que significa Follicular Unit Extraction ou Extração de Unidades Foliculares), as unidades foliculares são removidas uma a uma diretamente da área doadora, utilizando um micropunch, com menos de 1 milímetro. O cirurgião faz uma pequena incisão ao redor da unidade folicular e aprofunda na mesma direção do nascimento do pelo. Sem necessidade de ponto para fechamento, o que torna a cicatrização muito rápida.
Pela técnica clássica, o cirurgião retira uma faixa do couro cabeludo e as unidades foliculares são individualizadas uma a uma por técnicas ao microscópio. Nesta técnica, há a possibilidade de obter um número maior de fios por sessão, mas existe a dependência da elasticidade do couro cabeludo para a retirada da faixa. Uma fina cicatriz linear permanece no lugar.
As duas técnicas apresentam limites em relação ao número de fios transplantados, com isso, a combinação das técnicas, de forma segura, proposta por Crisóstomo permite maior eficácia no resultado, garantindo um número maior de folículos, em relação às técnicas isoladas, no transplante capilar, obtendo um resultado menor em uma cirurgia. Para realização da Técnica Combinada, uma equipe altamente especializada com 12 especialistas é necessária.
“A Técnica Combinada significou uma quebra de paradigma na especialidade. Atualmente é possível indicar cirurgias em casos que anteriormente o procedimento era contraindicado. Esta técnica está muito bem estabelecida e divulgada no meio médico, porém é fundamental que a população conheça esta opção de tratamento”, diz Márcio Crisóstomo.
O pós-operatório é normal como nas outras técnicas: o paciente retorna à clínica no dia seguinte para lavar o cabelo. Em alguns dias ele já pode retomar sua rotina, com restrições leves. Os fios irão nascer após três ou quatro meses de cirurgia. O crescimento acontece de forma natural, e não cai mais.
Este conhecimento, desenvolvido no Brasil, tem no cirurgião Márcio Crisóstomo a maior referência mundial. O sucesso do procedimento rendeu publicações em revistas científicas internacionais e convites para apresentá-la em congressos em mais de 10 países, como Estados Unidos, Mônaco, Suíça, França, Itália, Montenegro, Canadá, entre outros. Além disto, foi publicado como capítulo em dois livros da especialidade publicados nos Estados Unidos e um terceiro livro já está em produção. Em alguns congressos Internacionais, como no Congresso Mundial de Transplante Capilar, realizado na Malásia em 2014, foi considerado como “o futuro do transplante capilar”.
50% dos homens são atingidos por algum grau de calvície
85% das pessoas que buscam por um tratamento cirúrgico são do gênero masculino