Separamos algumas crises politicas que já assolarão o Brasil.
A primeira crise foi no ano de 1954, com o presidente Getúlio Vargas envolvido em inúmeros problemas, fato que a UDN denunciou através do deputado Carlos Lacerda, que, por isso, sofreu um atentado, executado pelos correligionários do chefe da Nação. Compelido pelas Forças Armadas a renunciar ao mandato, Getúlio recorre ao suicídio e deixa uma carta-testamento, acusando o imperialismo e suas alianças como responsáveis pelo golpe de Estado.
Já a segunda crise veio com o Brasil governado por Jânio Quadros, que, imprevistamente, em agosto de 1961, renuncia ao cargo de presidente da República. O vice, João Goulart, ausente do país, é impedido pelos ministros militares de assumir o poder, gerando um impasse institucional, que resulta na mudança da forma de governo: de presidencialista, o Brasil vira parlamentarista.
A terceira surge em abril de 1964, com as Forças Armadas insurgindo-se contra o presidente João Goulart, deposto por querer introduzir no país as reformas de base e de se atrelar ao comunismo internacional. O general Humberto Castelo Branco assume o governo e, por meio de atos institucionais, implanta um regime ditatorial, que vigora por vinte anos. Em dezembro de 1968, sob a presidência do general Costa e Silva, o regime militar decreta o Ato Institucional obrigando o Congresso a entrar em recesso. O presidente Ernesto Geisel, nove anos depois, em abril de 1977, fecha novamente o Congresso Nacional e elabora o chamado Pacote de Abril.
A quarta crise veio em abril de 1985, na véspera da instalação da Nova República, o presidente eleito, Tancredo Neves é hospitalizado em Brasília e submete-se a uma cirurgia abdominal. Esboça-se um movimento com relação à posse do vice-presidente José Sarney, que mesmo contestado pelos militares, assume interinamente o cargo, do qual se torna o titular com a morte do político mineiro.
A quinta aconteceu em dezembro de 1992, com a decisão histórica do Senado de condenar o presidente Fernando Collor de Melo retirando seu exercício público. A queda de Collor foi lenta e dolorosa. Começa com a denúncia do irmão Pedro, que gera o processo de impeachment contra o chefe da Nação. Quem o substitui no poder é o vice, Itamar Franco.
A sexta vem como uma “bomba” em 2005 e alcança 2006, com o escândalo do Mensalão, patrocinado pelo PT, que, através da corrupção política, pratica a compra de voto dos parlamentares no Congresso Nacional. O caso teve com protagonistas, além dos agentes do PT, os integrantes do governo do presidente Lula da Silva, o grande beneficiado daquela sinistra operação. O desfecho do Mensalão ocorre no Supremo Tribunal Federal, que julga e condena 40 políticos, acusados de formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, gestão fraudulenta e evasão de divisas.
A sétima crise ocorre no desgoverno da presidente Dilma Rousseff, que leva o país ao retrocesso econômico ao retorno da inflação e do desemprego e quase um colapso em diversas áreas,. Paralelamente, surgi o escândalo do Petrolão, do qual nasce a operação Lava-Jato e impede a presidente da República de continuar no exercício do cargo, para o qual se reelegera.
A última e oitava crise, e que se encontra em andamento, pelo envolvimento de Dilma, Lula, do Partido dos Trabalhadores e de outras agremiações partidárias no escândalo de propinas e de outras vantagens ilícitas, patrocinadas pelas grandes empreiteiras nacionais. Essa crise alcança inclusive o atual presidente Michel Temer, ameaçado de ter o seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral ou de sofrer um impeachment pelo cometimento, também, de práticas ilícitas.