De acordo com César Boaes, que dá vida à personagem Clarisse e também assina a direção da peça, não só o roteirista, mas também o diretor e parte do elenco, serão do Rio de Janeiro. “Ainda estamos fechando contratos, mas posso adiantar que são nomes com trabalhos reconhecidos. A equipe será parte do Rio e também do Maranhão, bem como o elenco e a equipe técnica”, diz César Boaes, que ao lado de Adeílson Santos (que vive a personagem Dijé) e Charles Júnior (o Zé Maria), está no Rio de Janeiro, apresentando a segunda temporada do espetáculo naquela cidade, no Teatro Miguel Falabella.
Além da maior parte do elenco ser maranhense, a Companhia Santa Ignorância firmará parceria com a Escola de Cinema do Maranhão. Além disto, o próprio César Boaes e o escritor maranhense Bruno Magno, do blog Doses de Quinta, também participam do roteiro do filme. Sobre os atores, Boaes explica que está em negociação para a participação de alguns artistas globais.
Ele adianta que a história será baseada na peça e que a intenção deles é apresentar ao Brasil um Maranhão que a maioria ainda não conhece. “O filme será gravado no Maranhão e tem o roteiro baseado na peça. No reencontro das amigas Dijé e Clarisse, na história das empregadas, as Marias. Tem elas novinhas estudando no Liceu, tem os clubes de reggae, as choperias, o Tambor de Mina. O filme tem uma pegada muito maranhense”, adianta César Boaes, que também prepara a captação de recursos para o longa.
Para amarrar tudo isto, o roteirista Léo Luz virá ao Maranhão para manter um contato mais próximo com a realidade que o grupo pretende apresentar no filme. “Quero falar do local, de um Maranhão que o Brasil pouco conhece e, por isto mesmo, minha participação no roteiro é total, porque conheço bem a história e o sentimento das personagens”, observa.
Para Boaes, o diferencial do filme será seu caráter regional. Ele explica que alguns sucessos de bilheteria nos cinemas brasileiros, a exemplo de algumas produções do Ceará, como “O Shaolin do Sertão”, por exemplo, se destacaram justamente por este caráter.
Para o ator, as duas temporadas da peça no Rio de Janeiro tem sido um grande aprendizado, já que foram sem patrocínio. “A cidade é enorme, com muitas opções culturais e vários espetáculos de teatro na cidade com atores da mídia, da Globo e os preços de produção aqui são muito altos, fora todo o restante da produção. Aqui somos desconhecidos e viemos dessa vez sem patrocínio, fazendo tudo de bilheteria, a plateia vem do boca a boca e é uma conquista de público mesmo, mas tem dado tudo certo. Vamos voltar orgulhosos”.
Após esta temporada no Rio, a trupe retorna ao Maranhão na próxima quarta-feira, 8, e estreia na quinta-feira, dia 9, no Cine Teatro da Cidade (Centro), onde prossegue em cartaz até o dia 12. Depois, segue para São Paulo, onde se apresentará por quase dois meses, do dia 9 de abril a 28 de maio.
Sobre a Peça “Pão com Ovo”
Já foram mais de 700 mil espectadores, mais de 500 apresentações em mais de 30 cidades no Maranhão. Duas temporadas no Rio de Janeiro. Totalizando um Público recorde de 7 mil pessoas em uma apresentação.